sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Indecentes & Estimulantes - Sem Razão Social

Tudo não passou de um erro
a voz doce e suave que fazia flutuar
são gritos que não suporto mais
me deixa à boca um gosto amargo
que nem mais uma dose
de mentiras pode tirar

e esse desejo de ficar que me consome
que me embriaga
me ganha as pressas
e de um apagão de bêbado treinado
acordo atordoado
com suas pernas em meu quadril

ressaca moral
que só cura com outra dose
imploro por ar
mas você diz: não pode
e me abandona a sarjeta do desamor
feito bebida forte
que desce quente
a cada porre
fica mais atraente
amanheço num sofá juntando o pouco que me restou

preciso do que sou
nas manhãs de chuva quente e vento frio,
mas até isso você me roubou
me pego aos socos com o espelho
que por misericórdia ou desespero
me mostra a face de quem mais me envergonhou

onde foi que tudo mudou?
em que esquina você deixou de me querer e começou a me usar
fui motivo de chacota, razão de riso frouxo em mesa de bar
preciso acordar e não te ver
deixar de enlouquecer com teu cheiro traiçoeiro
não me enganar com esse sorriso
lábios que não são mais meus

ressaca moral
que só cura com outra dose
imploro por ar
mas você diz: não pode
e me abandona a sarjeta do desamor
feito bebida forte
que desce quente
a cada porre
fica mais atraente
amanheço num sofá juntando o pouco que me restou

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